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Tamanho do Pedivela

O tamanho do pedivela no ciclismo: mitos e verdades

O tamanho do pedivela é um tema que frequentemente gera debates acalorados entre ciclistas, seja em grupos, fóruns ou encontros informais. Para esclarecer dúvidas sobre o assunto, vamos explorar os principais pontos que envolvem a escolha do pedivela ideal.

O mito da força reduzida com pedivela maior

Por muito tempo, acreditou-se que pedivelas maiores exigiam menos esforço devido às leis da física. A lógica é simples: um braço de alavanca mais longo reduziria a força necessária para gerar movimento. Contudo, no ciclismo, essa teoria não tem o impacto esperado. Isso ocorre porque outros fatores influenciam o desempenho, como:

  • Quantidade de dentes na coroa e no cassete (K7);
  • Condicionamento físico do ciclista;
  • Coordenação motora;
  • Alongamento e mobilidade;
  • Comprimento das pernas;
  • Flexibilidade e mobilidade do tornozelo.

Para entender como essas variáveis afetam o rendimento, é importante considerar a interação entre o corpo do atleta e a bicicleta. A altura do selim, por exemplo, também desempenha um papel crucial nesse equilíbrio. Caso queira aprofundar o tema, recomendo a leitura do artigo: “Altura do banco e rendimento”.

Pedivela, pontos mortos e biomecânica

No movimento do pedal, existem dois pontos críticos, conhecidos como pontos mortos – o ponto alto e o ponto baixo do ciclo. Nesses momentos, a força aplicada pelo ciclista não gera movimento efetivo. Para mitigar esse problema, surgiram as coroas ovais, que otimizam a transmissão de força nesses pontos.

Na análise biomecânica, é possível coletar dados importantes sobre o movimento das articulações, como quadril, joelho e tornozelo, especialmente nos pontos alto e baixo. Essas informações ajudam a determinar o tamanho ideal do pedivela, considerando a biomecânica do ciclista.

Influência da modalidade e posição do tronco

O tamanho do pedivela também varia conforme a modalidade praticada. No triatlo, por exemplo, a posição do tronco é mais baixa, o que reduz o espaço na caixa torácica quando o pedal está no ponto alto. Para compensar, pedivelas menores são frequentemente utilizados, como os de 170 mm ou menos. Esse ajuste proporciona maior abertura do ângulo entre as articulações e melhora a mobilidade do tornozelo, favorecendo a técnica e o desempenho.

Como escolher o tamanho ideal do pedivela?

A melhor forma de determinar o tamanho do pedivela é realizar um Bike Fit com avaliação tridimensional. Esse processo analisa as características biomecânicas do ciclista e oferece uma recomendação personalizada. Idealmente, a escolha deve ser feita em um simulador específico, que permite testar diferentes tamanhos de pedivela antes da compra.

Em resumo, o tamanho do pedivela não é uma questão de “quanto maior, melhor”. Cada ciclista tem suas particularidades, e o ajuste adequado pode fazer toda a diferença no conforto e no rendimento durante o pedal. Invista em uma avaliação profissional e garanta o máximo de eficiência na sua pedalada.

gabriel.gaspar

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