Tamanho do Pedivela

O tamanho do pedivela é um daqueles assuntos que gera grandes polêmicas nos grupos de ciclismo e em fórum. O objetivo desse texto é esclarecer algumas dúvidas sobre pedivela.

Durante muitos anos acreditaram que o fato de ter um pedivela maior faz menos força por questão das leis da física: Quanto maior o braço de alavanca menor o trabalho (“força”) a ser realizada.
Essa teoria no ciclismo não acontece com tanto impacto, por têm outras variáveis que interfere no rendimento, como a quantidade de dentes da coroa e do K7 e também alguns fatores do ciclista como o fortalecimento, a coordenação motora, alongamento, comprimento da perna, mobilidade do tornozelo. Para entender um pouco melhor como o corpo do atleta influência no tamanho do pedivela, recomendo a leitura do texto: “Altura do banco e rendimento”.

Comentando sobre o pedivela, tem dois pontos “mortos” (ponto baixo e ponto alto), considerada como a região que o atleta faz a força mas não gera movimento, devido a isso surgiu as coroas Oval®. Sendo nesse ponto é coletado alguns dados da biomecânica do ciclista, como o movimento do quadril – joelho – tornozelo, comparando entre o ponto baixo e ponto alto, auxiliando para indicar o tamanho do pedivela.

Esses dados são associados aos objetivos e a modalidade praticada, como por exemplo, no caso de triatlo que o tronco fica mais baixo, fechando mais a caixa torácica quando o pedal está no ponto alto, sendo um indicativo de um pedivela menor, permitindo realizar essa “abertura” no ponto alto e dar uma mobilidade maior do tornozelo, favorecendo a técnica e o rendimento. Então, não é incomum encontrar atletas utilizando pedivelas 170mm ou menor.

Como saber qual o tamanho ideal? Recomendo realizar o BIKE FIT (ergonomia no ciclismo), com avaliação tridimensional, para ajudar a definir o tamanho correto do seu pedivela através de referências biomecânicas. Sendo o ideal realizar uma avaliação no simulador específico de posicionamento com o gabarito de pedivela, para definir antes da compra.